TESTE DE GERMINAÇÃO
A germinação representa uma manifestação fisiológica essencial das sementes para assegurar a multiplicação de plantas e o sucesso da produção agrícola. Vários fatores do ambiente influenciam a germinação, destacando-se a água e a temperatura, garantindo que a embebição, a ativação de enzimas, a mobilização de reservas e o crescimento da plântula sejam completados de acordo com padrões de normalidade. É fundamental a compreensão de todo o mecanismo metabólico envolvido no processo de germinação para que sejam tomadas iniciativas que permitam o estabelecimento de estande capaz de dar suporte a produções elevadas de alimentos e de produtos essenciais à alta qualidade de vida humana, que constituem o objetivo básico da agricultura (Julio Marcos-Filho, 2015).
O teste de germinação tem por objetivo determinar o potencial máximo de um lote de sementes de produzir plantas normais sob condições favoráveis de campo. O teste em laboratório provê as exigências (ótimas) de temperatura, umidade e luminosidade que cada espécie necessita para germinar. No teste de germinação classificamos as plântulas como normais, anormais e as sementes que não germinaram como duras, dormentes e mortas.
Para que uma plântula seja considerada normal, segundo as RAS, ela deve apresentar as seguintes estruturas essências: sistema radicular (raiz primária e em certos gêneros raízes seminais), parte aérea (hipocótilo, epicótilo, mesocótilo (Poaceae), gemas terminais, cotilédones (um ou mais) e coleóptilo em Poaceae).
Plântulas anormais são aquelas que não mostram potencial para continuar seu desenvolvimento e dar origem a plantas normais, mesmo crescendo em condições favoráveis.
As sementes duras são aquelas que permanecem sem absorver água por um período mais longo que o normal e ao final do teste estão com aspecto de recém colocadas no substrato, essas sementes apresentam uma impermeabilidade do tegumento à água.
As sementes dormentes são aquelas que mesmo viáveis não germinam, mesmo quando colocadas em condições ideais. Algumas sementes podem absorver água e não germinar e também não apodrecem até o final do teste. Nem todas as sementes dormentes são viáveis, podemos identificar e classificar essas sementes utilizando o teste de tetrazólio.
As sementes mortas são aquelas que no final do teste não germinam, não estão duras e nem dormentes e geralmente apresentam-se amolecidas, atacadas por microorganismos e não apresentam nenhum sinal de início de germinação (RAS, 2009).